segunda-feira, 7 de maio de 2012


Filosofia da Educação




A filosofia da educação é um ramo do pensamento que se dedica à reflexão sobre os processos educativos, à análise dos sistemas educativos, sistematização de métodos didáticos, entre diversas outras temáticas relacionadas com a pedagogia. O seu escopo principal é a compreensão das relações entre o fenômeno educativo e o funcionamento da sociedade.
Não há como educar fora do mundo. Nenhum educador, nenhuma instituição educacional pode colocar-se à margem do mundo, encarapitando-se numa torre de marfim. A educação, de qualquer modo que a entendamos, sofrerá necessariamente o impacto dos problemas da realidade em que acontece, sob pena de não ser educação. Em função dos problemas existentes na realidade é que surgem os problemas educacionais, tanto mais complexos quanto mais incidem na educação todas as variáveis que determinam uma situação. Deste modo, a “Filosofia na educação” transforma-se em “Filosofia da Educação” enquanto reflexão rigorosa, radical e global ou de conjunto sobre os problemas educacionais. De fato, os problemas educacionais envolvem sempre os problemas da própria realidade. A Filosofia da Educação apenas não os considera em si mesmos, mas enquanto imbricados no contexto educativo.
A Filosofia oferece a reflexão para auxiliar nos problemas educacionais que desafiam educadores, políticos, pais e a sociedade, como um todo. De outro lado, a Educação, entendida num conceito amplo, oferece à Filosofia problemas que se tornam cada vez mais complexos, inesperados e incertos como a miséria, a fome, a violência, a corrupção, o individualismo, a concorrência, a perda dos valores, a exclusão social e o analfabetismo. É contra essa lógica que persiste e insiste em fazer da própria vida do homem um produto descartável que a Filosofia da Educação procura problematizar e dar-lhe outro sentido, outra finalidade.
Sendo assim preocupa-se com a problemática educacional que ocorre em todos os segmentos da sociedade, pois trata-se, com efeito, de Filosofia da Educação e não simplesmente de Filosofia e o educando deve filosofar, ou seja, deve refletir sistematicamente, buscando as raízes dos problemas - seus e de seu tempo - de modo a formar uma “visão de mundo” e adquirir criticamente princípios e valores que lhe orientem a vida.



Fonte Bibliográfica

JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.

Fonte da Internet

http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_da_educa%C3%A7%C3%A3o. Acesso em 07 de maio de 2012, as 16:52.

http://educalara.vilabol.uol.com.br/lara2.htm. Acesso em 07 de maio de 2012, as 17:01.

http://xucurus.blogspot.com.br/2012/02/conselhos-para-quem-ingressa-na.html. Acesso em 07 de maio de 2012, as 17:35.



“Teoria dos dois mundos” defendida por Platão


Platão foi discípulo de Sócrates e durante sua vida conheceu e se aprofundou nas teorias de dois grandes filósofos pré-socráticos, Heráclito de Éfeso e Parmênides de Eléia, os quais possuíam ideias antagônicas.            Analisando Heráclito, Platão considerou corretas as percepções do mundo material e sensível, das imagens e opiniões. Chegou à conclusão que Parmênides também estava certo ao exigir que a Filosofia se afastasse desse mundo sensível, para ocupar-se do mundo verdadeiro, visível apenas ao puro pensamento.
Com base nas ideias de Sócrates, de quem Platão aproveita a noção de logos, ele cria a teoria platônica e a distinção dos mundos sensíveis e inteligíveis.
Platão afirma haver dois mundos diferentes e separados: o mundo sensível, dos fenômenos e acessível aos sentidos; e o mundo das ideias gerais (inteligível), "das essências imutáveis, que o homem atinge pela contemplação e pela depuração dos enganos dos sentidos".
Segundo Platão as ideias são essências: a verdadeira essência das coisas, sua essência, está nas idéias, ou seja, constituem o mundo inteligível − o das verdades imutáveis, da permanência, do ser, da unidade. A tarefa dos filósofos é retirar os homens do mundo sensível das aparências e de levar a verdadeira essência das coisas, o mundo das ideias, o mundo realmente real.
Para explicar melhor sua nova teoria, Platão cria no livro VII da República o mito da Caverna, no qual imagina uma caverna onde estão os homens acorrentados desde a infância, de tal forma que não podem se voltar para a entrada e apenas enxergam uma parede ao fundo. Ali são projetadas sombras das coisas que se passam às suas costas, onde há uma fogueira. Platão afirma que se um dos homens conseguisse se libertar e contemplar a luz do dia, os verdadeiros objetos, ao voltar à caverna e contar as descobertas aos companheiros seria dado como louco.
No mito é possível associar os homens presos à população e o homem liberto a um filósofo. Os homens presos conhecem apenas o mundo sensível, já o liberto conheceu a verdadeira essência das coisas, conheceu o mundo das ideias.


Fonte bibliográfica:


JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.
Fonte Internet:

http://newtondoo.blogspot.com.br/2012/05/em-que-consiste-teoria-dos-dois mundos.html#!/2012/05/em-que-consiste-teoria-dos-dois-mundos.html. Acesso em 07 de maio de 2012, as 16:12.


http://psicosmica.blogspot.com.br/2012/04/o-mito-da-caverna.html. Acesso em 07 de maio de 2012, as 17:180.


domingo, 6 de maio de 2012


Teoria da “Maiêutica” defendida por Sócrates
O método socrático consiste em uma técnica de investigação filosófica feita em diálogo que consiste em o professor conduzir o aluno a um processo de reflexão e descoberta dos próprios valores. Para isso ele faz uso de perguntas simples e quase ingênuas que têm por objetivo, em primeiro lugar, revelar as contradições presentes na atual forma de pensar do aluno, normalmente baseadas em valores e preconceitos da sociedade, e auxiliá-lo assim a redefinir tais valores, aprendendendo a pensar por si mesmo.
Tal técnica deve seu nome "socrático" a Sócrates, o filósofo grego do século V a.C., que teria sido o primeiro a utilizá-la. O filósofo não deixou nenhuma obra escrita, mas seus diálogos nos foram transmitidos por seu discípulo Platão. Nesses textos Sócrates, utilizando um discurso caracterizado pela maiêutica (levar ou induzir uma pessoa, por ela própria, ou seja, por seu próprio raciocínio, ao conhecimento ou à solução de sua dúvida) e pela ironia, levava o seu interlocutor a entrar em contradição, tentando depois levá-lo a chegar à conclusão de que o seu conhecimento é limitado.
A maiêutica, técnica através da qual se consegue observar como é que uma ciência desconhecida se transforma progressivamente numa ciência conhecida. No entanto, no diálogo Protágoras, a maiêutica não aparece. Segundo Platão, Sócrates fora buscar a sua arte da maiêutica a sua mãe que era parteira. Na Grécia clássica só as mulheres que já não podem dar à luz estão autorizadas a ajudar ao parto das outras. Sócrates considerava a sua arte como a arte de parturejar; só que agora são homens que dão à luz e é do parto das suas almas que se trata. Sócrates revelava aos outros aquilo que eles próprios sabiam sem de tal terem consciência. Ele pretendia que o seu questionamento sistemático levasse os outros a um ponto crucial de consciência crítica, procurando a verdade no seu interior, dando assim lugar ao "parto intelectual". A maiêutica é, assim, a fase positiva, construtiva, do método socrático que permite o acordo através das certezas universais obtidas pela definição após a discussão. Trata-se de um diálogo do primeiro período que se caracteriza pela ausência da teoria da reminiscência que serve de fundamento à maiêutica.



Fonte Internet:

http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_socr%C3%A1tico. Acesso 06 de maio de 2012, as 19:36.
http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo/hfe/protagoras/links/met_socrat.htm. Acesso 06 de maio de 2012, as 19:42.

Método “Pedagogizador” e a prática educacional voltada para intersubjetividade.

 


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Teoria da Ação Comunicativa, proposta por Habermas, pode contribuir para uma educação voltada para a emancipação dos sujeitos as propostas pedagógicas estarem direcionadas a uma aplicação de técnicas a um sujeito, o aluno, tratado meramente como um objeto a ser conhecido e treinado para atender as exigências do mercado. Esse modelo de educação tem sido pensado como um dos maiores desafios da contemporaneidade, e os seus críticos vem tentando superar o estilo “pedagogizador” da educação.
Partindo do pressuposto de Habermas de que potencialmente todos os membros de uma sociedade têm condições de exercitar sua capacidade comunicativa, vale destacar que a educação tem pouco tem estimulado essa capacidade predominando ainda sob a sombra do modelo “pedagogizador”, uma vez que não basta somente mudar o discurso, é preciso efetivar os discursos mediante a ação comunicativa.
Para inverter o modelo de educação pautado pelo estilo “pedagogizador”, torna-se necessário fazermos propostas para uma educação mais consistente e comprometida com uma efetiva emancipação do sujeito.
A partir da Teoria da Ação Comunicativa, pode-se conceber o espaço da escola, como o lugar de exercitar a intersubjetividade entre aluno/professor/escola/família e comunidade, com o intuito de discutir os rumos da sociedade, isto é, a partir do momento em que os indivíduos se perceberem como sujeitos e atores sociais, poderão pensar que a sociedade pode ser de outra maneira, e agir de outra maneira, refletindo sobre os problemas da sociedade, interpretando, participando, dialogando, enfim, buscando o consenso em torno dos interesses comuns.
A educação deve contribuir significativamente com o processo de desenvolvimento do aluno a partir da interpretação e análise crítica dos fenômenos culturais do seu cotidiano, levando-os ao exercício de uma prática de saber construtivo à sua vida.
A escola deve levar em consideração as mudanças que ocorrem na sociedade, discutindo inclusive, o modelo técnico-científico pautado pela razão instrumental, no sentido de preparar o educando para lidar com os fenômenos que dele surgem, como por exemplo, a globalização, a crise econômica e a política de mercado.
Assim, a prática da intersubjetividade no campo da educação supera o modelo “pedagogizador” ao produzir indivíduos mais livres, autônomos, capazes de avaliar seus atos à luz dos acontecimentos, à luz das normas sociais legítimas e legitimadas pelos processos jurídicos e políticos, usando suas próprias cabeças, e tendo propósitos lúcidos e sinceros, abertos à crítica.


Fonte Bibliográfica

JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.

Fonte Internet
http://pedagogiza.blogspot.com.br/2010/05/documentos-de-identidade-uma-introducao.html. Acesso em 06 de maio de 2012, as 19:00 horas.
http://servicosocialescolar.blogspot.com.br/2010/08/escolar-o-que-e-isso.html. Acesso em 06 de maio de 2012, as 19:05 horas.

terça-feira, 1 de maio de 2012


 Filosofia Moderna



Com o Renascimento Cultural e Científico, o surgimento da burguesia e o fim da Idade Média, as formas de pensar sobre o mundo e o Universo ganham novos rumos. A definição de conhecimento deixa de ser religiosa para entrar num âmbito racional e científico. O teocentrismo é deixado de lado e entre em cena o antropocentrismo (homem no centro do Universo). Neste contexto, René Descartes cria o cartesianismo, privilegiando a razão e considerando-a base de todo conhecimento.
A burguesia, camada social em crescimento econômico e político, têm seus ideais representados no empirismo e no idealismo. No século XVII, o pesquisador e sábio inglês Francis Bacon cria um método experimental, conhecido como empirismo. Neste mesmo sentido, desenvolvem seus pensamentos Thomas Hobbes e John Locke.
Conhecido como o precursor do pensamento filosófico moderno, o filósofo e matemático francês René Descartes dá uma grande contribuição para a Filosofia no século XVII ao desenvolver o Método Cartesiano. De acordo com este método, só existe aquilo que pode ter sua existência comprovada.
O iluminismo surge em pleno século das Luzes, o século XVIII. A experiência, a razão e o método científico passam a ser as únicas formas de obtenção do conhecimento. Este, a única forma de tirar o homem das trevas da ignorância. Podemos citar, nesta época, os pensadores Immanuel Kant, Friedrich Hegel, Montesquieu, Diderot, D'Alembert e Rosseau.



Pesquisa na Internet:

http://www.suapesquisa.com/filosofia/. Acesso em 01 de maio de 2012, as 17:46.
http://crackotoon.blogspot.com.br/2011/06/rene-descartes.html. Acesso em 01 de maio de 2012, as 18:02.


Racionalismo, Empirismo e Criticismo

A Filosofia Moderna instala como uma ruptura científica: a concretização da racionalidade onde o homem utilizará métodos científicos para conhecer o mundo e as coisas. Esse período é denominado secularização, isto é, conhecimento caracterizado principalmente, pelos valores da ciência, substituindo os valores sagrados que foram anteriormente dados pela religião, como era na Idade Média.
Neste período tem grande destaque o pensador Descartes, chamado de principal pensador da racionalidade moderna, para ele só podemos conhecer a realidade pela razão. A isso chamamos de Racionalismo.
Para Descartes, a problematização da verdade uma qualidade própria do homem como ser pensante, é representada subjetivamente, isto é, na consciência do homem e não no mundo. A verdade está no interior do próprio sujeito: a certeza da consciência de si. Eu penso, logo existo, ou seja, o pensamento como condição para a existência. Foi com Descartes que pela primeira vez se pensou o fundamento “do que é o homem” a partir da presença do cogito (do pensamento).
Entender a noção de homem em Descartes é o primeiro passo estratégico para se compreender o período inaugurado como modernidade, acentuando suas bases no poder da razão, caracterizando o sujeito moderno cartesiano, fundador do conhecimento, a compreensão do homem-sujeito, possuidor de um cogito (do pensamento) em si mesmo. Descartes funda o homem a partir do sujeito pensante, que duvida de tudo que lhe é dado como certeza, para metodicamente construir um mundo de verdades claras e indubitáveis.
Já o pensamento de David Hume, o empirismo, considera que todo conhecimento que se refere ao mundo começaria com a experiência, fundando-se na percepção o autor apresenta a produção do conhecimento a partir das impressões, das idéias, da imaginação, do hábito e da crença. Ao se perguntar como seria possível ao homem conhecer algo, o filósofo mostra que o sujeito associaria impressões, idéias, recebidas pelos órgãos dos sentidos e retidas na memória. Ao indicar que a relação causal é o que possibilitaria o conhecimento sobre a existência de fatos no mundo, o autor afirma que a relação causal não passa de um simples hábito que a mente do homem conquistaria ao estabelecer relações de causa e efeito entre percepções e impressões sucessivas. Seria a repetição constante e regular de impressões sucessivas que levaria a natureza humana à crença de que existe uma causalidade real que faria parte das próprias coisas, quando na verdade tudo isso estaria presente na mente do sujeito.
 Assim, a produção de conhecimento dependeria não apenas da experiência, mas de princípios psicológicos da natureza humana e todo o conhecimento conquistado depende da relação existente entre aquilo que se passa na mente humana e aquilo que se coloca junto à experiência. De qualquer forma, Hume considera esse modelo de conhecimento muito mais importante, uma vez que seria o conhecimento empírico que melhor poderia explicar ou traduzir as leis que fariam parte da natureza.
O Criticismo estabelecido pelo filósofo alemão Immanuel Kant, a partir das críticas ao empirismo e ao racionalismo caracteriza-se por considerar que a análise crítica da possibilidade, da origem, do valor, das leis e dos limites do conhecimento racional constituem-se no ponto de partida da reflexão filosófica. Doutrina filosófica que tem como objeto o processo pelo qual se estrutura o conhecimento. O criticismo kantiano tinha como objetivo principal a critica das faculdades cognitivas do homem, no sentido de conhecermos os seus limites. Em consequência dessa critica, foi levado à negação da possibilidade de a razão humana conhecer a essência das coisas (número).
Assim, em sentido geral, merece a denominação de criticismo a postura que preconiza a investigação dos fundamentos do conhecimento como condição para toda e qualquer reflexão filosófica.

Abaixo vídeo sobre as principais caracteristicas e pensadores do Racionalismo, Empirismo e Criticismo




Pesquisa Bibliográfica:

JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.


Pesquisa internet:


http://filosofiaemalbergaria.blogspot.com.br/2012/01/gnoseologia-empirismo-e-racionalismo.html. Acesso 01 de maio de 2012, as 14:52.

http://www.youtube.com/watch?v=vtfoCR9ri1Q&feature=related. Acesso 01 de maio de 2012, as 14:39.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Criticismo. Acesso 01 de maio de 2012, as 15:23.

domingo, 29 de abril de 2012

 Conceito de Ontologia

A palavra ontologia deriva do particípio presente do verbo einai (ser), isto é, de on ( “ente”) e ta onta ( “as coisas”,“os entes”), dos quais vem o substantivo to on: “o Ser”. O termo ontologia é originário da filosofia grega. É um ramo da filosofia que lida com a nossa constituição mais íntima, isto é, com o nosso ser. Esse termo foi introduzido por Aristóteles para desenvolver um conhecimento, uma ciência do Ser, da Essência humana. Por isso, o termo significa: Ontós = Ser, e Logos = Conhecimento: Conhecimento sobre o Ser.
A ontologia é a ciência ou estudo mais geral do Ser, Existência ou Realidade. Um uso informal do termo significa o que, em termos gerais, um filósofo considera que o mundo contém. No seu significado mais formal, a ontologia é o aspecto da metafísica que visa caracterizar a Realidade identificando todas as suas categorias essenciais e estabelecendo as relações que mantém entre si.



Pesquisa bibliográfica:

JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação, p. 22.

Chauí, Marilena. Iniciação à filosofia: ensino médio, volume único. São Paulo: Ática, 2010, p. 213.


Pesquisa na internet:

http://criticanarede.com/ontologia.html. Acesso em 29 de abril de 2012, as 22:05.
http://gazetavargas.org/a-morte-do-homem-vitruviano/. Acesso em 29 de abril de 2012, as 22:14.
 

 

Pensamento Educacional de Platão e Aristóteles 

     


 
Platão e Aristóteles são os pensadores gregos que mais nos influenciaram. A partir deles, temos as bases necessárias para a discussão filosófica sobre a educação. A educação para os gregos visava à virtude e tinha uma relação direta com a política. A virtude era considerada um modo de o homem mostrar sua superioridade em todos os sentidos, inclusive na vida pública, nos negócios da cidade em prol da coletividade. A tentativa de qualificar o homem pela virtude no universo grego tinha como meta a construção de homens capazes de viver numa sociedade boa e justa.
A proposta dos filósofos gregos, que entendiam o saber como um cuidado da vida interior, a disseminação do conceito de psyché ( alma e mente) e sua relação com o soma (corpo), o empreendimento pitagórico (passa-se à visão fantástica de que o número seja a essência das coisas), e a Paidéia, ou o que hoje chamamos de processo de formação do homem grego, não representava apenas uma mudança na forma de conceber a educação e produzir o conhecimento, mas significou toda a perspectiva da concepção ocidental do que podemos nominar como sendo o objetivo maior do ensino e da aprendizagem.
A primeira conquista da civilização ocidental, fundada na idéia de ensino e aprendizagem de modo sistemático, vem da Filosofia inaugurada pelos gregos. Esse novo modo de entender o conhecimento, como pressuposto para a construção do ser, foi buscar na educação um processo relacional de construção da verdade. O legado grego, portanto, é essa insistência que o ser humano possui de construir-se como senhor de si, e não apenas dobrasse aos mecanismos de poder presentes no seu contexto.
Platão exerceu uma grande influência na educação grega, tendo sido o mais importante discípulo de Sócrates. Ele o principal responsável pela transmissão escrita dos ensinamentos do seu mestre. Além disso, criou as suas próprias idéias, demonstrando possuir um notável zelo pelo saber. Sua proposta educacional e política não consistem em apenas informações ou dados; os conteúdos propostos no senso platônico de Educação são pressupostos para a formação do cidadão que vai dar sentido e garantia para a cidade, a justiça deve ser o princípio fundante. Platão aponta uma perspectiva que ainda alimenta a mística da educação como promoção e qualificação do ser. Ou seja, uma coletividade justa e voltada para o bem nasce de um processo em que os indivíduos são educados para a construção da justiça, fundamentada ou mesmo justificada pela argumentação.
Segundo Aristóteles através da educação, o ser humano poderia alcançar um nível mais elevado da sua existência, apesar de não ter o dom imortalidade, poderia assemelhar aos deuses na busca do conhecimento. Nesse sentido, a grandeza humana consiste no duplo movimento: não aceitar mais a determinação do destino, mas também renegar que precisamos ser igual aos deuses.  Cada ser humano assume a sua autoconstrução como se fosse uma obra de arte. Com isso, a educação vai perdendo herança divina para assumir um caráter de finalidade humana. O conhecimento na ótica aristotélica representa uma nova etapa. Nele encontramos um modo de pensar sobre a prática. Uma teoria que nasce da contemplação, mas que é aplicação, práxis.
Em Aristóteles, temos uma compreensão dialética da educação, para ele, não há problema com a política (Platão) ou com o discurso (Sócrates), desde que esses sejam acompanhados pela ética. Nele, a gestão do conhecimento é necessária porque incide na questão do poder político. A compreensão realista do conhecimento parece que resolve o problema da educação, mas possivelmente aqui é que começam os empecilhos do ensinar e do aprender. Ele apresenta algo diferente, que é a necessidade de cada integrante da coletividade ter um esforço ético. Cada um deve fazer sua parte a partir do horizonte do exercício virtuoso da cidadania, percorrido pelo bom uso do conhecimento, isso só acontece pela virtude obtida pela educação das novas gerações, numa perspectiva de construção interior da pessoa.
Portanto podemos concluir que o ensino não é meramente uma transmissão de conceitos ou conteúdos, mas um treinamento ontológico, uma forma de lapidar os seres para que possam conviver de forma mais harmônica na sociedade.


        Video sobre a educação na visão de Socrátes, Platão e Aristóteles 


Referência Bibliográfica
JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.

 Pesquisa na Internet
http://philosophiagrega.no.comunidades.net/index.php?pagina=1162110321. Acesso em 29 de abril de 2012.
http://www.youtube.com/watch?v=Kw1JtPUx5dA

terça-feira, 24 de abril de 2012

 Filosofia de Vida e Filosofia






Podemos observar, na primeira tirinha, uma “filosofia de vida”,na qual o indivíduo prefere ficar sempre sonhando sem enfrentar a realidade e na segunda tirinha, mesmo que de forma satirizada, Calvin questionando e procurando soluções para seu problema. A “filosofia de vida” é uma atitude sem reflexão uma mera opinião ou estilo de vida de cada indivíduo em seu cotidiano. A palavra filosofia significa amor ou amizade pelo saber, vem do grego philos ou philia, ou seja, amizade; e sophia corresponde à sabedoria. Surgiu na Grécia Antiga e o filósofo Pitágoras de Samos (século V - a.C) é considerado o criador do termo. A filosofia busca realizar uma reflexão, levando o ser humano a questionar a si mesmo e buscando as respostas para seus problemas e do mundo.

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.
PESQUISA NA INTERNET:
http://universomutum.blogspot.com.br/2009/03/tirinha-0032.html. Acesso 24 de abril de 2012. 

domingo, 22 de abril de 2012


O Mito na Cultura        Ocidental

A filosofia nasceu na Grécia Antiga quando o homem sentiu a necessidade de questionar sobre a origem do mundo, do universo, assim, seu surgimento é antropológico, pois o homem, dotado de razão e capacidade de pensar, pergunta e responde seus questionamentos tendo uma atitude reflexiva.
Os filósofos que viveram antes de Sócrates, conhecidos de pré-socráticos, são os primeiros surgidos no Ocidente. Eles romperam com a concepção mítica, pois o que está acima de tudo é a razão, desprezando qualquer possibilidade sobrenatural. A sua preocupação é puramente cosmológica, desvendar a realidade do cosmos.  Vale destacar como pré-socráticos os filósofos Pitágoras e Tales de Mileto.
O filósofo Pitágoras de Samos (século V - a.C) é considerado o criador do termo filosofia que significa “amizade ou amor pela sabedoria”. A palavra vem do grego Philos ou philia, ou seja, amizade; e Sophia corresponde à sabedoria. Sendo assim “o filósofo é aquele que ama o saber, que deseja o conhecimento”. Outra grande contribuição é de Tales de Mileto que busca uma explicação racional sobre o mundo e o seu ordenamento e a sua Natureza. É com ele que a filosofia nasce da pergunta: “o que é isto”?, cabendo ao filósofo   a missão de questionar o que são as coisas e de procurar problematizar tal pergunta.
A filosofia nasceu da necessidade de romper com as explicações míticas da época, pois tudo era explicado através de narrativas baseados na crença sem questionamentos. Para muitos estudiosos o mito é a primeira forma de explicação da realidade, seja ela natural ou social. Para entendermos melhor o conceito de mito segundo a Wikipédia:

“Um mito (do grego antigo μυθος, translit. "mithós") é uma narrativa de caráter simbólico, relacionada a uma dada cultura. O mito procura explicar a realidade, os fenômenos naturais, as origens do Mundo e do Homem por meio de deuses, semi-deuses e heróis”. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Mito.)

Através de narrativas míticas é que procura-se justificar os temores dos seres humanos como a morte e  as catástrofes; e sua origem, partindo do mundo em que vive e de suas crenças.
Um dos grandes questionamentos do ser humano é de sua origem, no qual, temos relatos bíblicos de que Deus criou todo o universo depois criou o homem e como este estava só fez a mulher para fazer-lhe companhia, porém a mulher foi desobediente e comeu o fruto proibido e incentivou que Adão também comesse, Deus sabendo de tudo expulsou-os do paraíso e com isso tiveram castigos, Eva teria que sofre por causa dos filhos e ficar submissa ao marido, já Adão teria que trabalhar para sobreviver. Esse mito procura explicar porque a mulher é mãe e tem que ser obediente ao homem; o sexo masculino da necessita do trabalho. Este mito também explica a passagem de quando o homem deixa de ter uma vida nômade e passa ter uma vida sedentária, tendo que trabalhar a terra, ou seja, cultivar para seu sustento.  
Portanto através da passagem bíblica de Adão e Eva podemos observar que a finalidade do mito é representar, por meio de uma linguagem simbólica e literária, a realidade do mundo humano, no qual os pré-socráticos romperam através da justificativa racional rompendo com o sobrenatural.

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.

PESQUISA NA INTERNET:

http://salmos.a77.com.br/biblia_sagrada/passagem_da_biblia_2.php. Acesso 22 de abril de 2012

http://terceirocrondon.blogspot.com.br/2009/04/mitos-modernos.html. Acesso 22 de abril de 2012

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mito. Acesso 22 de abril de 2012.
http://despertardagraca.blogspot.com.br/2010/04/segundo-igreja-catolica-adao-e-eva-e um.html. Acesso 22 de abril de 2012