terça-feira, 1 de maio de 2012


Racionalismo, Empirismo e Criticismo

A Filosofia Moderna instala como uma ruptura científica: a concretização da racionalidade onde o homem utilizará métodos científicos para conhecer o mundo e as coisas. Esse período é denominado secularização, isto é, conhecimento caracterizado principalmente, pelos valores da ciência, substituindo os valores sagrados que foram anteriormente dados pela religião, como era na Idade Média.
Neste período tem grande destaque o pensador Descartes, chamado de principal pensador da racionalidade moderna, para ele só podemos conhecer a realidade pela razão. A isso chamamos de Racionalismo.
Para Descartes, a problematização da verdade uma qualidade própria do homem como ser pensante, é representada subjetivamente, isto é, na consciência do homem e não no mundo. A verdade está no interior do próprio sujeito: a certeza da consciência de si. Eu penso, logo existo, ou seja, o pensamento como condição para a existência. Foi com Descartes que pela primeira vez se pensou o fundamento “do que é o homem” a partir da presença do cogito (do pensamento).
Entender a noção de homem em Descartes é o primeiro passo estratégico para se compreender o período inaugurado como modernidade, acentuando suas bases no poder da razão, caracterizando o sujeito moderno cartesiano, fundador do conhecimento, a compreensão do homem-sujeito, possuidor de um cogito (do pensamento) em si mesmo. Descartes funda o homem a partir do sujeito pensante, que duvida de tudo que lhe é dado como certeza, para metodicamente construir um mundo de verdades claras e indubitáveis.
Já o pensamento de David Hume, o empirismo, considera que todo conhecimento que se refere ao mundo começaria com a experiência, fundando-se na percepção o autor apresenta a produção do conhecimento a partir das impressões, das idéias, da imaginação, do hábito e da crença. Ao se perguntar como seria possível ao homem conhecer algo, o filósofo mostra que o sujeito associaria impressões, idéias, recebidas pelos órgãos dos sentidos e retidas na memória. Ao indicar que a relação causal é o que possibilitaria o conhecimento sobre a existência de fatos no mundo, o autor afirma que a relação causal não passa de um simples hábito que a mente do homem conquistaria ao estabelecer relações de causa e efeito entre percepções e impressões sucessivas. Seria a repetição constante e regular de impressões sucessivas que levaria a natureza humana à crença de que existe uma causalidade real que faria parte das próprias coisas, quando na verdade tudo isso estaria presente na mente do sujeito.
 Assim, a produção de conhecimento dependeria não apenas da experiência, mas de princípios psicológicos da natureza humana e todo o conhecimento conquistado depende da relação existente entre aquilo que se passa na mente humana e aquilo que se coloca junto à experiência. De qualquer forma, Hume considera esse modelo de conhecimento muito mais importante, uma vez que seria o conhecimento empírico que melhor poderia explicar ou traduzir as leis que fariam parte da natureza.
O Criticismo estabelecido pelo filósofo alemão Immanuel Kant, a partir das críticas ao empirismo e ao racionalismo caracteriza-se por considerar que a análise crítica da possibilidade, da origem, do valor, das leis e dos limites do conhecimento racional constituem-se no ponto de partida da reflexão filosófica. Doutrina filosófica que tem como objeto o processo pelo qual se estrutura o conhecimento. O criticismo kantiano tinha como objetivo principal a critica das faculdades cognitivas do homem, no sentido de conhecermos os seus limites. Em consequência dessa critica, foi levado à negação da possibilidade de a razão humana conhecer a essência das coisas (número).
Assim, em sentido geral, merece a denominação de criticismo a postura que preconiza a investigação dos fundamentos do conhecimento como condição para toda e qualquer reflexão filosófica.

Abaixo vídeo sobre as principais caracteristicas e pensadores do Racionalismo, Empirismo e Criticismo




Pesquisa Bibliográfica:

JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.


Pesquisa internet:


http://filosofiaemalbergaria.blogspot.com.br/2012/01/gnoseologia-empirismo-e-racionalismo.html. Acesso 01 de maio de 2012, as 14:52.

http://www.youtube.com/watch?v=vtfoCR9ri1Q&feature=related. Acesso 01 de maio de 2012, as 14:39.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Criticismo. Acesso 01 de maio de 2012, as 15:23.

3 comentários:

  1. O Racionalismo é uma corrente filosófica que defende que a razão é a fonte principal do conhecimento. O conhecimento sensível é considerado enganador. Por isso, as representações da razão são as mais certas, e as únicas que podem conduzir ao conhecimento logicamente necessário e universalmente válido. A razão é capaz de conhecer a estrutura da realidade a partir de princípios puros da própria razão. A ordenação lógica do mundo permite compreender a sua estrutura de forma dedutiva.
    Já o Empirismo defende que a experiência é a fonte de todo o conhecimento, mas também o seu limite. Os empiristas negam a existência de ideias inatas, como defendiam Platão e Descartes. A mente está vazia antes de receber qualquer tipo de informação proveniente dos sentidos. Todo o conhecimento sobre as coisas, mesmo aquele em que se elabora leis universais, provém da experiência, por isso mesmo, só é válido dentro dos limites do observável. Os empiristas reservam para a razão a função de uma mera organização de dados da experiência sensível, sendo as ideias ou conceitos da razão simples cópias ou combinações de dados provenientes da experiência.
    O Criticismo de Kant pregava que todo o conhecimento inicia-se com a experiência, mas este é organizado pelas estruturas a priori do sujeito. Segundo Kant o conhecimento é a síntese do dado na nossa sensibilidade (fenómeno) e daquilo que o nosso entendimento produz por si (conceitos). O conhecimento nunca é pois, o conhecimento das coisas "em si", mas das coisas "em nós". Ao contrário dos empiristas, afirmava que a mente humana não era uma "folha em branco", mas sim constituída por um conjunto de estruturas inatas que recebiam, filtravam, davam forma e interpretavam as impressões externas.
    Fonte: http://afilosofia.no.sapo.pt/11.Modelosexplicativos.1.htm. Acesso em 03/05/2012 às 19:51h.

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  2. As teorias do conhecimento que se desenvolveram na Antiguidade e na Idade Média não colocavam em dúvida a possibilidade de conhecer a realidade tal qual ela é. Contudo as influências do Renascimento levaram, a partir do século XVII, ao questionamento da possibilidade do conhecimento, dando, nas respostas ensaiadas, origem às teorias empiristas e racionalistas. Kant supera essa dicotomia, concluindo que o conhecimento só é possível pela conjunção das suas fontes: a sensibilidade e o entendimento. A sensibilidade dá a matéria e o entendimento as formas do conhecimento. O criticismo kantiano tinha como objectivo principal a critica das faculdades cognitivas do homem, no sentido de conhecermos os seus limites. Em consequência dessa «critica», foi levado à negação da possibilidade de a razão humana conhecer a essência das coisas.
    Assim, em sentido geral, merece a denominação de criticismo a postura que preconiza a investigação dos fundamentos do conhecimento como condição para toda e qualquer reflexão filosófica. Segundo esta posição, a pergunta pelo conhecer deve ter primazia sobre a pergunta acerca do ser, uma vez que, sem aquela, não se pode garantir com segurança sobre que base a questão do ser está a ser afirmada. Levado às suas últimas consequências, o criticismo pode ser encarado como uma atitude que nega a verdade de todo conhecimento que não tenha sido, previamente, submetido a uma crítica de seus fundamentos. Neste sentido, o criticismo aproxima-se do cepticismo, por pretender averiguar o substrato racional de todos os pressupostos da acção e do pensamento humanos. Devemos referir que tal como o dogmatismo o criticismo acredita na razão humana e confia nela. Mas ao contrario do dogmatismo, o criticismo "pede contas à razão".
    http://pt.wikipedia.org/wiki/terias

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  3. Vale salientar que essas correntes traduz-se a modernidade, como o acontecimento maior na tentativa de se construir uma sociedade ideal, perfeita e alicerçada pela ciência. Tirou os homens de todos os tipos tradicionais de ordem social, de uma maneira que nunca houve: revolução geográfica, revolução econômica, revolução política, revolução social. Um exemplo claro disso é a idéia de progresso da humanidade. Libertado da força da religião que dominava o mundo, o homem moderno é direcionado pelo surgimento de uma recente ordem econômica – o capitalismo.

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