domingo, 22 de abril de 2012


O Mito na Cultura        Ocidental

A filosofia nasceu na Grécia Antiga quando o homem sentiu a necessidade de questionar sobre a origem do mundo, do universo, assim, seu surgimento é antropológico, pois o homem, dotado de razão e capacidade de pensar, pergunta e responde seus questionamentos tendo uma atitude reflexiva.
Os filósofos que viveram antes de Sócrates, conhecidos de pré-socráticos, são os primeiros surgidos no Ocidente. Eles romperam com a concepção mítica, pois o que está acima de tudo é a razão, desprezando qualquer possibilidade sobrenatural. A sua preocupação é puramente cosmológica, desvendar a realidade do cosmos.  Vale destacar como pré-socráticos os filósofos Pitágoras e Tales de Mileto.
O filósofo Pitágoras de Samos (século V - a.C) é considerado o criador do termo filosofia que significa “amizade ou amor pela sabedoria”. A palavra vem do grego Philos ou philia, ou seja, amizade; e Sophia corresponde à sabedoria. Sendo assim “o filósofo é aquele que ama o saber, que deseja o conhecimento”. Outra grande contribuição é de Tales de Mileto que busca uma explicação racional sobre o mundo e o seu ordenamento e a sua Natureza. É com ele que a filosofia nasce da pergunta: “o que é isto”?, cabendo ao filósofo   a missão de questionar o que são as coisas e de procurar problematizar tal pergunta.
A filosofia nasceu da necessidade de romper com as explicações míticas da época, pois tudo era explicado através de narrativas baseados na crença sem questionamentos. Para muitos estudiosos o mito é a primeira forma de explicação da realidade, seja ela natural ou social. Para entendermos melhor o conceito de mito segundo a Wikipédia:

“Um mito (do grego antigo μυθος, translit. "mithós") é uma narrativa de caráter simbólico, relacionada a uma dada cultura. O mito procura explicar a realidade, os fenômenos naturais, as origens do Mundo e do Homem por meio de deuses, semi-deuses e heróis”. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Mito.)

Através de narrativas míticas é que procura-se justificar os temores dos seres humanos como a morte e  as catástrofes; e sua origem, partindo do mundo em que vive e de suas crenças.
Um dos grandes questionamentos do ser humano é de sua origem, no qual, temos relatos bíblicos de que Deus criou todo o universo depois criou o homem e como este estava só fez a mulher para fazer-lhe companhia, porém a mulher foi desobediente e comeu o fruto proibido e incentivou que Adão também comesse, Deus sabendo de tudo expulsou-os do paraíso e com isso tiveram castigos, Eva teria que sofre por causa dos filhos e ficar submissa ao marido, já Adão teria que trabalhar para sobreviver. Esse mito procura explicar porque a mulher é mãe e tem que ser obediente ao homem; o sexo masculino da necessita do trabalho. Este mito também explica a passagem de quando o homem deixa de ter uma vida nômade e passa ter uma vida sedentária, tendo que trabalhar a terra, ou seja, cultivar para seu sustento.  
Portanto através da passagem bíblica de Adão e Eva podemos observar que a finalidade do mito é representar, por meio de uma linguagem simbólica e literária, a realidade do mundo humano, no qual os pré-socráticos romperam através da justificativa racional rompendo com o sobrenatural.

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

JARDIM, Alex Fabiano Correa & BORGES, Ângela Christina & FREITAS, Gildete dos Santos et al. Filosofia da Educação.

PESQUISA NA INTERNET:

http://salmos.a77.com.br/biblia_sagrada/passagem_da_biblia_2.php. Acesso 22 de abril de 2012

http://terceirocrondon.blogspot.com.br/2009/04/mitos-modernos.html. Acesso 22 de abril de 2012

http://pt.wikipedia.org/wiki/Mito. Acesso 22 de abril de 2012.
http://despertardagraca.blogspot.com.br/2010/04/segundo-igreja-catolica-adao-e-eva-e um.html. Acesso 22 de abril de 2012



3 comentários:

  1. MITO
    Mito pode ser entendido como uma narrativa ou história utilizada para explicar a origem das coisas ou de fenômenos. Um exemplo deste tipo de narrativa é o mito da caixa de Pandora que é uma história fantasiosa que busca explicar a origem dos males no mundo.
    Mito: A Caixa de Pandora
    Conta-nos as várias versões do mito grego que Prometeu (o que vê antes ou prudente, previdente) é o criador da humanidade. Era um dos Titãs, filho de Jápeto e Clímene e também irmão de Epimeteu (o que vê depois, inconsequente), Atlas e Menécio. Os dois últimos se uniram a Cronos na batalha dos Titãs contra os deuses olímpicos e, por terem fracassado, foram castigados por Zeus que então tornou-se o maior de todos os deuses.
    Prevendo o fim da guerra, Prometeu uniu-se a Zeus e recomendou que seu irmão Epimeteu também o fizesse. Com isso, Prometeu foi aumentando os seu talentos e conhecimentos, o que despertou a ira de Zeus, que resolveu acabar com a humanidade. Mas a pedido de Prometeu, o protetor dos homens, não o fez.
    Um dia, foi oferecido um touro em sacrifício e coube a Prometeu decidir quais partes caberiam aos homens e quais partes caberiam aos deuses. Assim, Prometeu matou o touro e com o couro fez dois sacos. Em um colocou as carnes e no outro os ossos e a gordura. Ao oferecer a Zeus para que escolhesse, esse escolheu o que continha banha e, por este ato, puniu Prometeu retirando o fogo dos humanos.
    Depois disso, coube a Epimeteu distribuir aos seres qualidades para que pudessem sobreviver. Para alguns deu velocidade, a outros, força; a outros ainda deu asas, etc. No entanto, Epimeteu, que não sabe medir as consequências de seus atos, não deixou nenhuma qualidade para os humanos, que ficaram desprotegidos e sem recursos.
    Foi então que Prometeu entrou no Olimpo (o monte onde residiam os deuses) e roubou uma centelha de fogo para entregar aos homens. O fogo representava a inteligência para construir moradas, defesas e, a partir disso, forçar a criação de leis para a vida em comum. Surge assim a política para que os homens vivam coletivamente, se defendam de feras e inimigos externos, bem como desenvolvam todas as técnicas.
    Zeus jurou vingança e pediu para o deus coxo Hefestos que fizesse uma mulher de argila e que os quatro ventos lhe soprassem a vida e também que todas as deusas lhe enfeitassem. Essa mulher era Pandora (pan = todos, dora = presente), a primeira e mais bela mulher já criada e que foi dada, como estratégia de vingança, a Epimeteu, que, alertado por seu irmão, recusou respeitosamente o presente.
    Ainda mais furioso, Zeus acorrentou Prometeu a um monte e lhe impôs um castigo doloroso, em que uma ave de rapina devoraria seu fígado durante o dia e, à noite, o fígado cresceria novamente para que no outro dia fosse outra vez devorado, e assim por toda eternidade.
    No entanto, para disfarçar sua crueldade, Zeus espalhou um boato de que Prometeu tinha sido convidado ao Olimpo, por Atena, para um caso de amor secreto. Com isso, Epimeteu, temendo o destino de seu irmão, casou-se com Pandora que, ao abrir uma caixa enviada como presente (e que Prometeu tinha alertado para não fazê-lo) espalhou todas as desgraças sobre a humanidade (o trabalho, a velhice, a doença, as pragas, os vícios, a mentira, etc.), restando dentro dela somente a ilusória esperança.
    Por isso, o mito da caixa de Pandora quer significar que ao homem imprudente e temeroso são atribuídos os males humanos como consequência da sua falta de conhecimento e previsão. Também é curioso observar como o homem depende de sua própria inteligência para não ficar nas mãos do destino, das intempéries e dos próprios humanos.
    Fonte: http://www.brasilescola.com/filosofia/caixa-de-pandora.htm. Acesso em 24/04/2012 às 08:00h.

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  2. Adoro esse mito da caixa de Pandora, lembrando que devemos tomar sempre cuidado e analisarmos tudo que fazemos para não tomarmos resoluções que poderá trazer consequências indevidas pela nossa falta de conhecimento.

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  3. Luciene, gosto de ler sobre os mitos, vejo que podemos aprender muito com as ideias e conhecimentos transmitidos através deles. Veja:

    Mito da Caverna

    Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
    Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder mover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão, às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros julgam que essas sombras sejam a realidade.
    Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.
    Caso ele decida voltar à caverna para revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que se encontram, correrá, segundo Platão, sérios riscos - desde o simples ser ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles, que o tomaram por louco e inventor de mentiras.
    Platão não buscava as verdadeiras essências na simplesmente Phýsis, como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influência de Sócrates, ele buscava a essência das coisas para além do mundo sensível. E o personagem da caverna, que acaso se liberte, como Sócrates correria o risco de ser morto por expressar seu pensamento e querer mostrar um mundo totalmente diferente. Transpondo para a nossa realidade, é como se você acreditasse, desde que nasceu, que o mundo é de determinado modo, e então vem alguém e diz que quase tudo aquilo é falso, é parcial, e tenta te mostrar novos conceitos, totalmente diferentes. Foi justamente por razões como essa que Sócrates foi morto pelos cidadãos de Atenas, inspirando Platão à escrita da Alegoria da Caverna pela qual Platão nos convida a imaginar que as coisas se passassem, na existência humana, comparavelmente à situação da caverna: ilusoriamente, com os homens acorrentados a falsas crenças, preconceitos, ideias enganosas e, por isso tudo, inertes em suas poucas possibilidades.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Mito_da_caverna Acesso 03/05/2012 23:19

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